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Risk Scoring Geográfico: como transformar compliance em receita blindada
iGaming

Risk Scoring Geográfico: como transformar compliance em receita blindada

20 DE OUTUBRO DE 2025

A Portaria SPA/MF Nº 722/2024 criou uma janela de oportunidade: enquanto 70% das operações ainda tratam geolocalização como barreira burocrática, as que implementam risk scoring inteligente estão convertendo 23% mais cadastros e reduzindo fraudes em 85%.

As operações sustentáveis tratam a geolocalização como camada contínua de inteligência, não como barreira pontual. Isso significa detectar saltos geograficamente impossíveis, identificar acessos simultâneos de múltiplas localidades e bloquear mascaramento via VPN antes que qualquer saque seja processado.

O diferencial está em usar esses dados como ferramenta ativa de prevenção a fraudes e proteção patrimonial.

Por que a geolocalização se tornou decisiva no iGaming?

A geolocalização é a inteligência de negócio disfarçada de compliance. Cada coordenada revela padrões de LTV, risco de churn e potencial de fraude. As operações que dominam essa camada aumentam a receita por usuário em até 31%.

Quando um usuário acessa a plataforma, sua localização precisa fazer sentido dentro do contexto de uso. Um jogador que costuma apostar de Curitiba e repentinamente aparece fazendo login em Manaus, seguido de uma tentativa de saque minutos depois, levanta questões óbvias.

Mas não é só a distância que importa. A frequência dos acessos, os horários, os tipos de dispositivos usados em cada localização e até a velocidade das transações formam um padrão. Quando esse padrão se rompe, temos um sinal de alerta.

Assim, um monitoramento geográfico bem estruturado resolve, de uma só vez, três desafios operacionais críticos:

Conformidade regulatória assegurada

A SPA/MF Nº 722 deixa claro que as apostas só podem ser aceitas de jogadores localizados em território nacional. Mas garantir isso na prática exige mais do que confiar no endereço de cadastro ou no IP declarado. É preciso validação ativa e contínua, com tecnologia capaz de detectar tentativas de burlar restrições geográficas.

As plataformas que falham nisso, além de violarem a legislação, também abrem a porta para que usuários de jurisdições proibidas operem livremente, o que pode resultar em sanções administrativas, multas pesadas e até na revogação da licença.

Prevenção de fraudes organizadas

Os fraudadores profissionais sabem que a localização é um dos pontos mais vulneráveis de uma operação de iGaming. Por isso, investem em ferramentas sofisticadas de mascaramento: VPNs comerciais, proxies residenciais, emuladores de GPS.

O objetivo é justamente parecer um jogador legítimo enquanto exploram bônus regionais, realizam arbitragem entre plataformas ou coordenam esquemas de conluio. No entanto, o problema se agrava quando grupos organizados utilizam múltiplas contas para abusar de promoções.

Eles criam perfis falsos, todos aparentemente localizados em regiões elegíveis, mas na realidade operados do mesmo local físico ou através de uma rede de proxies. Sem um sistema robusto de detecção geográfica, esses esquemas passam batidos até gerarem prejuízos significativos.

Identificação de roubo de contas

O Account Takeover (ATO) é uma das fraudes mais danosas no iGaming. Quando um fraudador assume o controle de uma conta legítima, ele tem acesso a saldo existente, métodos de pagamento salvos e histórico de apostas que podem ser explorados.

A geolocalização é a defesa mais eficaz contra isso. Movimentos geograficamente impossíveis ou altamente improváveis são o primeiro indicador de comprometimento. Se uma conta que sempre acessa de Belo Horizonte subitamente faz login de Lisboa, há algo errado.

Se esse mesmo acesso é seguido de mudança de senha, alteração de dados bancários e tentativa de saque, a situação fica ainda mais clara.

O tempo de resposta faz toda diferença. Detectar a anomalia no momento do login permite bloquear a conta antes que qualquer transação seja concluída. Detectar depois que o saque foi aprovado significa prejuízo consumado e um cliente legítimo prejudicado.

Sinais de risco geográfico que merecem atenção

Atividades fraudulentas deixam padrões identificáveis, mas a simples análise de endereço IP não é suficiente para capturá-los. O IP pode ser facilmente mascarado, rotacionado ou compartilhado entre múltiplos usuários legítimos.

Para detectar fraudes reais, é preciso cruzar dados de localização com comportamento de uso, histórico de transações e coerência temporal.

Mascaramento de localização via VPN e proxy

Cerca de 73% dos fraudadores utilizam VPNs comerciais, mas apenas 12% das operações brasileiras conseguem detectar proxies residenciais em tempo real.

Essa combinação cria uma brecha explorada em larga escala: enquanto as VPNs são acessíveis e simples de configurar, os proxies residenciais oferecem IPs que parecem legítimos, por estarem associados a conexões domésticas reais.

Com essas ferramentas, um usuário pode simular estar em qualquer lugar do mundo.

Os casos mais frequentes incluem:

  • Jogadores de regiões não autorizadas que se passam por brasileiros para acessar a plataforma.
  • Exploração de ofertas regionais específicas, como bônus de boas-vindas disponíveis apenas para determinados estados.
  • Arbitragem entre diferentes plataformas, aproveitando odds discrepantes através de múltiplas contas em localizações falsas.
  • Participação em esquemas de conluio, onde vários jogadores coordenam apostas de localizações aparentemente distintas.

O problema se intensifica quando fraudadores usam serviços de proxy rotativos, que mudam o IP a cada requisição. Essa ação dificulta o rastreamento e pode passar despercebido em sistemas que dependem apenas de listas de bloqueio de IPs conhecidos.

A detecção precisa acontecer no momento do acesso, antes que qualquer transação seja processada.

Para isso, é preciso contar com uma tecnologia que consegue identificar discrepâncias entre a localização declarada pelo IP e os dados nativos do dispositivo (GPS, torres de celular, WiFi), além de detectar sinais técnicos típicos de VPNs, como latência anômala, rotas de rede suspeitas e configurações de navegador inconsistentes.

Saltos geográficos fisicamente impossíveis

Este é o indicador mais claro de comprometimento de conta. Quando os dados mostram deslocamentos que violam as leis da física, a conclusão é óbvia: mais de uma pessoa está usando a mesma credencial.

Exemplo típico:

  • 14h00: acesso registrado em São Paulo
  • 14h05: tentativa de saque identificada no Rio de Janeiro

São 430 km de distância em 5 minutos. Impossível, mesmo de avião. Mas o padrão pode ser ainda mais sutil e igualmente suspeito:

  • 10h30: aposta realizada em Porto Alegre
  • 11h15: login e alteração de dados cadastrais em Recife

Aqui são 3.100 km em 45 minutos. Ainda é impossível, mas o intervalo maior pode fazer com que análises superficiais ignorem a anomalia.

Veja o impacto financeiro:

  • Custo médio por ATO (account takeover): R$ 2.400 por conta comprometida.
  • Exemplo operacional: 50 tentativas mensais → R$ 120.000 em prejuízo evitável.
  • Extrapolação anual: 50 tentativas/mês × 12 meses → R$ 1.440.000 em prejuízo potencial por ano.
  • Economia ao prevenir: bloqueando ou detectando esses ATOs no momento do acesso reduz-se diretamente esse passivo financeiro e custos associados a chargebacks, reembolsos e investigações.

Os sistemas eficazes de Location Jump calculam não apenas a distância, mas também o tempo de deslocamento viável considerando meios de transporte reais. Eles também levam em conta o tipo de atividade realizada em cada localização.

Um acesso seguido de mudanças em dados sensíveis (senha, e-mail, informações bancárias) eleva drasticamente o nível de risco.

O tempo de resposta é crítico. Uma vez detectado o salto impossível, a conta deve ser congelada automaticamente até que verificações adicionais sejam realizadas.

Permitir que transações continuem enquanto se investiga manualmente é garantir prejuízo.

Acessos simultâneos de múltiplas localidades

Quando a mesma conta apresenta atividade em diferentes cidades ou países ao mesmo tempo, não há margem para dúvida: a conta foi comprometida e está sendo operada por múltiplos agentes.

Cenários comuns:

  • Uma sessão ativa em Brasília enquanto outra tenta fazer login em Buenos Aires
  • Apostas sendo realizadas simultaneamente de São Paulo e Miami
  • Consultas de saldo a partir de três IPs distintos, localizados em diferentes continentes, no intervalo de poucos minutos

Este padrão é típico de redes de fraude organizadas, onde contas roubadas são distribuídas entre múltiplos operadores para maximizar a exploração antes que o bloqueio aconteça.

Também aparece em esquemas de "conta mula", onde credenciais legítimas são vendidas ou alugadas no mercado negro.

A detecção de acessos simultâneos exige monitoramento em tempo real de todas as sessões ativas. Não basta registrar o login, é preciso acompanhar continuamente a localização durante toda a sessão e cruzar com outras sessões abertas na mesma conta.

Qualquer sobreposição geográfica impossível deve acionar bloqueio imediato.

Estrutura de monitoramento eficaz

Proteção real exige acompanhamento contínuo, não apenas validações pontuais no momento do cadastro. O monitoramento precisa cobrir toda a jornada do usuário.

Geolocalização nativa do dispositivo

A Portaria SPA/MF Nº 722/2024 exige precisão. O GPS nativo oferece dados confiáveis e difíceis de falsificar, ao contrário de endereços IP que podem ser facilmente mascarados.

Checkpoints ao longo da jornada

O risco não se limita ao momento do login. As validações devem ocorrer em pontos estratégicos:

  • Cadastro e autenticação: primeira barreira contra fraudadores
  • Transações financeiras: validação adicional em depósitos e saques
  • Confirmação de apostas: verificação obrigatória antes da primeira aposta
  • Sessões ativas: revalidações periódicas a cada 30 minutos de uso

Análise de coerência temporal e espacial

As tecnologias de Location Jump avaliam a viabilidade física dos deslocamentos entre acessos. Movimentos impossíveis acionam protocolos de segurança automáticos, bloqueando transações suspeitas antes que prejuízos ocorram.

Sua operação está realmente preparada para o cenário regulatório e de fraudes do Brasil?

A conformidade regulatória é obrigatória. A prevenção efetiva de fraudes é o que diferencia operações sustentáveis de operações vulneráveis.

Avalie como sua arquitetura atual responde a saltos geográficos impossíveis, acessos simultâneos e mascaramento via proxy. Se a resposta não for "em tempo real, com bloqueio automático", há exposição crítica.

Agende uma análise técnica e obtenha um diagnóstico objetivo da sua camada de proteção geográfica.

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