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FaaS: a ameaça invisível que destrói CAC, LTV e compliance
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FaaS: a ameaça invisível que destrói CAC, LTV e compliance

2 DE DEZEMBRO DE 2025

Até pouco tempo, as fraudes digitais eram associadas a indivíduos isolados tentando explorar brechas de segurança de forma manual e, geralmente, desorganizada. Essa imagem, no entanto, fica completamente no passado.

O cenário atual de ameaças digitais evoluiu para uma economia paralela altamente sofisticada, estruturada e escalável. Estamos na era do Fraud as a Service (FaaS).

O modelo de negócio do crime organizado digital

O conceito de "as a Service" transformou a indústria de software através da permissão de escalabilidade sem grandes investimentos em infraestrutura. O crime organizado simplesmente replicou esse modelo de sucesso.

Hoje, em marketplaces especializados e canais criptografados, é possível adquirir pacotes completos de ferramentas fraudulentas com a mesma facilidade de contratar qualquer serviço corporativo.

O que incluem esses pacotes?

  • Ferramentas de bypass de verificação: sistemas especificamente desenvolvidos para contornar processos de KYC padrão, incluindo tecnologias que manipulam fluxos de dados em tempo real.
  • Bases de dados validadas: informações pessoais completas e verificadas (CPF, RG, endereço, filiação), muitas vezes já testadas em bureaus de crédito, permitindo criação de identidades sintéticas com alta taxa de aprovação automática.
  • Infraestrutura de emulação: serviços que simulam milhares de dispositivos móveis únicos, alterando impressões digitais de hardware, geolocalização e endereços IP para replicar comportamento de usuários legítimos distintos.
  • Scripts de automação: bots configurados para explorar sistematicamente vulnerabilidades, regras de bônus e promoções em escala massiva.

Essa “democratização” das ferramentas de fraude eliminou a principal barreira de entrada: o conhecimento técnico especializado. Qualquer indivíduo com capital inicial pode terceirizar suas atividades ilícitas, aumentando exponencialmente o volume e a sofisticação dos ataques.

Por que o iGaming é o alvo preferencial dos fraudadores?

O setor de iGaming apresenta características que o tornam particularmente vulnerável e atrativo para operações baseadas em FaaS, afinal, conta com:

  • Alto volume transacional diário: bilhões de reais em movimentação
  • Velocidade operacional exigida: janelas curtas para detecção
  • Pressão competitiva por conversão: fricção mínima no onboarding
  • Natureza digital e descentralizada: dificulta rastreamento

O custo do FaaS para as operações

Para entender o real impacto do FaaS para as operações, é necessário analisar além das perdas diretas. O dano estrutural está no desperdício do Custo de Aquisição de Cliente (CAC).

Em detalhes, as operações investem valores substanciais em:

  • Marketing e tráfego pago
  • Parcerias com influenciadores
  • Programas de afiliados
  • Campanhas de mídia

Quando esses investimentos direcionam identidades sintéticas ou contas operadas por organizações criminosas, o retorno esperado simplesmente não se materializa.

Pior ainda: além do alto prejuízo ao LTV (Lifetime Value), essas contas:

  • Drenam recursos através do abuso sistemático de promoções
  • Sobrecarregam equipes de compliance e análise de risco
  • Contaminam a base de dados com informações fraudulentas
  • Expõem a operação a sanções regulatórias severas

O FaaS também viabiliza lavagem de dinheiro em escala industrial. Valores significativos são fracionados em milhares de transações aparentemente legítimas, o que explora a dificuldade de monitoramento manual em operações de alto volume.

A falência dos controles tradicionais

Diante da sofisticação das operações FaaS, os sistemas de segurança baseados em regras estáticas tornaram-se inadequados, afinal:

Regras estáticas são previsíveis: bloqueios baseados em IP, região ou número de tentativas são facilmente contornados por infraestrutura de proxies residenciais e emuladores de alta fidelidade.

Análise manual é matematicamente inviável: analistas humanos, independentemente do treinamento, não conseguem detectar manipulações sofisticadas em tempo real. Escalar equipes para revisar manualmente milhares de cadastros diários resulta em:

  • Gargalos operacionais críticos
  • Fricção na experiência do usuário legítimo
  • Custos trabalhistas proibitivos
  • Taxa de erro humano inaceitável

A assimetria tecnológica é fatal: as organizações criminosas utilizam automação e inteligência artificial em seus ataques. A defesa precisa, necessariamente, ser superior em capacidade tecnológica.

A batalha atual não se trava no nível visual ou documental, mas na análise de metadados, comportamento invisível e orquestração de dados em milissegundos.

O que é necessário para combater FaaS?

O combate efetivo ao Fraud as a Service necessita de uma abordagem de Risk Scoring multidimensional que analise simultaneamente diversos vetores de risco, como:

Device fingerprinting avançado

Identificação de dispositivos reais vs emuladores através da análise de inconsistências em bateria, giroscópio, sensores e padrões de hardware.

Geolocalização inteligente

Monitoramento que vai além do IP superficial, analisando latência de sinal, uso de VPNs/Proxies e Location Jump (mudanças de localização fisicamente impossíveis).

Biometria com detecção de manipulação

Capacidade de distinguir rostos vivos de máscaras, telas ou manipulações digitais, sem adicionar fricção ao usuário legítimo através de movimentos complexos.

Análise de vínculos e padrões

Cruzamento de dados para identificar conexões entre CPFs legítimos e comportamentos de grupos organizados, mesmo quando as informações individuais parecem válidas.

Orquestração em tempo real

Integração de centenas de bases de dados públicas e privadas, processando informações em menos de 30 segundos sem comprometer a experiência do usuário.

Sua operação está realmente segura?

Os sistemas tradicionais de prevenção a fraude baseados em regras estáticas ("se o IP for X, bloqueie") são ineficientes contra o FaaS. Como a infraestrutura do crime é dinâmica, as regras estáticas estão sempre um passo atrás.

Além disso, a validação documental simples (OCR) já não é uma barreira suficiente. Os documentos editados digitalmente com perfeição estão disponíveis para compra em massa. O operador que confia apenas na checagem do "papel digital" está, na prática, atraindo os riscos de FaaS para dentro da plataforma.

Para combater uma indústria organizada e tecnológica, a resposta não pode ser manual. A Legitimuz desenvolveu sua arquitetura de defesa partindo da premissa de que o FaaS é a ameaça padrão do mercado atual.

Substituímos a verificação estática pela análise comportamental e contextual, com OCR avançado e múltiplas camadas de verificação, focando na integridade da conexão, na física do movimento do dispositivo e na coerência dos metadados.

Enquanto o mercado de FaaS tenta escalar a quantidade de ataques, a Legitimuz escala a qualidade da defesa, propondo às operações uma crescente com usuários reais, proteção de CAC e de licença.

Não deixe o FaaS destruir a sua operação. Agende um papo com nossos especialistas e veja como garantimos o maior nível de segurança do setor.

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