
Até pouco tempo, as fraudes digitais eram associadas a indivíduos isolados tentando explorar brechas de segurança de forma manual e, geralmente, desorganizada. Essa imagem, no entanto, fica completamente no passado.
O cenário atual de ameaças digitais evoluiu para uma economia paralela altamente sofisticada, estruturada e escalável. Estamos na era do Fraud as a Service (FaaS).
O conceito de "as a Service" transformou a indústria de software através da permissão de escalabilidade sem grandes investimentos em infraestrutura. O crime organizado simplesmente replicou esse modelo de sucesso.
Hoje, em marketplaces especializados e canais criptografados, é possível adquirir pacotes completos de ferramentas fraudulentas com a mesma facilidade de contratar qualquer serviço corporativo.
Essa “democratização” das ferramentas de fraude eliminou a principal barreira de entrada: o conhecimento técnico especializado. Qualquer indivíduo com capital inicial pode terceirizar suas atividades ilícitas, aumentando exponencialmente o volume e a sofisticação dos ataques.
O setor de iGaming apresenta características que o tornam particularmente vulnerável e atrativo para operações baseadas em FaaS, afinal, conta com:
Para entender o real impacto do FaaS para as operações, é necessário analisar além das perdas diretas. O dano estrutural está no desperdício do Custo de Aquisição de Cliente (CAC).
Em detalhes, as operações investem valores substanciais em:
Quando esses investimentos direcionam identidades sintéticas ou contas operadas por organizações criminosas, o retorno esperado simplesmente não se materializa.
Pior ainda: além do alto prejuízo ao LTV (Lifetime Value), essas contas:
O FaaS também viabiliza lavagem de dinheiro em escala industrial. Valores significativos são fracionados em milhares de transações aparentemente legítimas, o que explora a dificuldade de monitoramento manual em operações de alto volume.
Diante da sofisticação das operações FaaS, os sistemas de segurança baseados em regras estáticas tornaram-se inadequados, afinal:
Regras estáticas são previsíveis: bloqueios baseados em IP, região ou número de tentativas são facilmente contornados por infraestrutura de proxies residenciais e emuladores de alta fidelidade.
Análise manual é matematicamente inviável: analistas humanos, independentemente do treinamento, não conseguem detectar manipulações sofisticadas em tempo real. Escalar equipes para revisar manualmente milhares de cadastros diários resulta em:
A assimetria tecnológica é fatal: as organizações criminosas utilizam automação e inteligência artificial em seus ataques. A defesa precisa, necessariamente, ser superior em capacidade tecnológica.
A batalha atual não se trava no nível visual ou documental, mas na análise de metadados, comportamento invisível e orquestração de dados em milissegundos.
O combate efetivo ao Fraud as a Service necessita de uma abordagem de Risk Scoring multidimensional que analise simultaneamente diversos vetores de risco, como:
Identificação de dispositivos reais vs emuladores através da análise de inconsistências em bateria, giroscópio, sensores e padrões de hardware.
Monitoramento que vai além do IP superficial, analisando latência de sinal, uso de VPNs/Proxies e Location Jump (mudanças de localização fisicamente impossíveis).
Capacidade de distinguir rostos vivos de máscaras, telas ou manipulações digitais, sem adicionar fricção ao usuário legítimo através de movimentos complexos.
Cruzamento de dados para identificar conexões entre CPFs legítimos e comportamentos de grupos organizados, mesmo quando as informações individuais parecem válidas.
Integração de centenas de bases de dados públicas e privadas, processando informações em menos de 30 segundos sem comprometer a experiência do usuário.
Os sistemas tradicionais de prevenção a fraude baseados em regras estáticas ("se o IP for X, bloqueie") são ineficientes contra o FaaS. Como a infraestrutura do crime é dinâmica, as regras estáticas estão sempre um passo atrás.
Além disso, a validação documental simples (OCR) já não é uma barreira suficiente. Os documentos editados digitalmente com perfeição estão disponíveis para compra em massa. O operador que confia apenas na checagem do "papel digital" está, na prática, atraindo os riscos de FaaS para dentro da plataforma.
Para combater uma indústria organizada e tecnológica, a resposta não pode ser manual. A Legitimuz desenvolveu sua arquitetura de defesa partindo da premissa de que o FaaS é a ameaça padrão do mercado atual.
Substituímos a verificação estática pela análise comportamental e contextual, com OCR avançado e múltiplas camadas de verificação, focando na integridade da conexão, na física do movimento do dispositivo e na coerência dos metadados.
Enquanto o mercado de FaaS tenta escalar a quantidade de ataques, a Legitimuz escala a qualidade da defesa, propondo às operações uma crescente com usuários reais, proteção de CAC e de licença.
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